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A pele que habito: Ácido Glicólico

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Ácido Glicólico

O ácido glicólico é o AHA (alfa-hidroxiácido) de menores dimensões e foi descoberto na cana do açúcar. É muito utilizado em cosméticos pela sua multiplicidade de funções biológicas, características que o tornam interessante para o tratamento prevenção de vários problemas de pele

A sua concentração em produtos cosméticos pode ir até cerca dos 20%, e a escolha de cada um será feita de acordo com os objetivos do produto e da sensibilidade da pele.




Atualmente alguns dos benefícios do ácido glicólico são já conhecidos:
  • Humectante
Todos os AHA são benéficos para a hidratação da pele uma vez que têm a capacidade de atrair moléculas de água, e dessa forma retê-las na sua superfície, evitando a que evapororem. Neste caso as concentrações de ácido glicólico não atingirão os 5%.

  • Esfoliante das camadas superiores da pele
Adaptado de Baby Foot
De uma forma geral todos os AHA são capazes de se dissolver e penetrar o estrato córneo (camada mais externa da pele) destacando as ligações entre as suas células. Isto permite que a superfície da pele seja esfoliada renovando-se de forma mais célere, o que lhe dá um aspeto mais uniforme.

Neste caso as concentrações de ácido glicólico serão iguais ou superiores a 5%, sendo comum encontrar produtos com 8, 10 ou 15% deste ingrediente, ou até combinados com outros ingredientes esfoliantes. A percentagem usada dependerá sempre da sensibilidade da pele, mas apenas se aconselha o uso produtos com concentração superior a 10% por pessoas que já tolerem essa percentagem.

  • Redução da síntese de melanina
Foi já demonstrado que o ácido glicólico é capaz de reduzir a síntese de melanina inibindo diretamente uma enzima essencial para a sua produção.

  • Espessamento e melhoria das características da derme
Comparação entre algumas características da pele jovem e da pele envelhecida.
Adaptado de http://www.rejuvenateyourskin.co.uk/
Isto acontece pela estimulação da produção de ácido hialurónico e glicosaminoglicanos, que fazem parte da derme, bem como na melhoria das características das fibras de colagénio e elastina que também aí se localizam. Como consequência, a papilas dérmicas (junção entre a epiderme e a derme), que normalmente são onduladas e se tornam achatadas com o passar dos anos, são estimuladas a retomar a sua forma original.

Além de tudo isto, o ácido glicólico demonstrou estimular a multiplicação dos fibroblastos, as células responsáveis pela produção de todos os componentes da derme acima citados. Estas células vão perdendo a capacidade de se multiplicar à medida que envelhecemos.

Utilização

As células descamam gradualmente.
Adaptado de http://gerzworld.com/
O ácido glicólico é utilizado numa grande variedade de produtos cosméticos e até em alguns procedimentos médicos, sendo mais comum para os seguintes objetivos:

  • Esfoliação (todos os tipos de pele) 
O ácido glicólico é muito utilizado para normalizar a capacidade de descamação da pele. Assim, pode estar presente em produtos esfoliantes, sejam eles apenas de ação química ou também física, mas também é encontrado em produtos de limpezatónicos ácidos, séruns ou cremes hidratantes

Ao contrário do ácido salicílico, que penetra os folículos de onde o sebo é libertado, o ácido glicólico não é capaz de os atingir tão eficazmente, e por isso não é tão indicado para minimizar pontos negros ou prevenir o aparecimento de borbulhas. No entanto, para as peles mais secas ou até para as oleosas que apresentem sinais de envelhecimento, manchas ou cicatrizes o uso de um esfoliante contendo este ingrediente pode ser particularmente vantajoso, como vamos explorar de seguida.
  • Acne
Embora o ácido glicólico não seja particularmente útil para esfoliar as glândulas sebáceas obstruídas, pode ser muito interessante utilizá-lo em conjugação com o ácido salicílico para uniformizar o aspeto da pele acneica. Além disso, as suas propriedades despigmentantes tornam o ácido glicólico um ingrediente interessante no tratamento da hiperpigmentação pós-inflamatória que se segue à cicatrização das borbulhas.

  • Retardar o envelhecimento
O seu potencial para estimular um espessamento e melhoria das características da derme, aliado ao seu contribuito na manutenção da hidratação, esfoliação e regularização da pigmentação da pele fazem do ácido glicólico um dos ingredientes mais utilizados neste sentido.

  • Hiperpigmentação
O ácido glicólico atua sobre as manchas de várias origens em duas frentes, e por isso é um ingrediente frequentemente encontrado em tratamentos despigmentantes. Primeiro, a sua capacidade de esfoliar a pele destacando as células das camadas superiores permite acelerar a renovação da pele hiperpigmentada. Depois, o facto de atuar na redução da síntese de melanina previne que as novas camadas de pele desenvolvam a pigmentação indesejada.

  • Peeling
Este ingrediente é também muito utilizado em peelings realizados em consultório médico. Nestes procedimentos o ácido glicólico é usado em concentrações muito elevadas, sozinho ou em combinação com outros compostos e dispositivos, o que permite uma descamação mais acelerada da pele, que por sua vez estimula uma mais rápida renovação da mesma.

É necessário ter em conta que há pessoas com uma tendência especial para desenvolver hiperpigmentação após estes procedimentos, e por esse motivo é necessária uma avalição rigorosa por profissionais credenciados antes da sua realização.

Cuidados
  • Pode causar irritação
É natural que sinta alguma vermelhidão e até ardor após a aplicação de produtos contendo este ingrediente em concentrações significativas, mas essa irritação desaparecerá ao fim de alguns minutos.
Caso tenha uma pele particularmente sensível é normal que tenha alguma dificuldade acrescida em tolerar produtos contendo ácido glicólico. Nestes casos, o principal problema destes produtos prende-se com o facto de estes apenas serem eficazes, quando formulados a um pH particularmente ácido.

  • Escolher produtos eficazes
Embora seja impossível conhecer o pH de cada produto (a menos que tenham um potenciómetro em casa), há algumas formas de conhecer ou até prever a que concentração o ácido glicólico se encontra.

Para além de muitas marcas a mencionarem, uma breve consulta à lista de ingredientes pode ser o suficiente para tirar a teima. Se o ácido glicólico aparece a seguir aos conservantes (fenoxietanol, parabenos, etc.) ou de um ingrediente com concentração conhecida e inferior a 5% muito provavelmente não será um ingrediente ativo nesse produto.

  • Aumento da sensibilidade à exposição solar
O ácido glicólico pode sensibilizar a pele exposta à radiação solar. Por isso, sempre que usar produtos contendo este ingrediente em concentrações significativas durante o dia será necessário utilizar proteção solar

  • Combinação com tratamentos médicos
Se está a fazer algum tratamento é aconselhável que consulte o seu médico e o questione acerca da da aplicação simultânea destes produtos, bem como da melhor forma e altura do dia para os aplicar, já que podem interferir com a eficácia e até com a segurança dos medicamentos

Em algumas situações, a adição de produto contendo ácido glicólico à rotina pode ser benéfica, uma vez que a esfoliação que este ingrediente promove pode ajudar o medicamento a penetrar até ao alvo mais facilmente. 

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