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A pele que habito: Fórmulas tóxicas... ou talvez não tanto assim

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Fórmulas tóxicas... ou talvez não tanto assim


Soube da reportágem "Fórmulas Tóxicas" do programa linha da frente da RTP através de uma seguidora.

Após ver o teaser percebi que se avisinhava um atentado à ciência, às instituições que regulamentam estes produtos, mas sobretudo à literacia dos consumidores no que diz respeito aos cosméticos. 

Se ficaram em pânico, esta publicação tem o objetivo de vos informar, reconfortar um pouco; mas nunca de ocultar a verdade; como é feito na reportagem. Porque existem falhas no conhecimento que temos dos ingredentes cosméticos, é certo. Mas isso não significa que vamos todos ficar doentes por usá-os.

Também por esse motivo, deixo vários links ao longo de todo o texto.


Antes de mais, e para contextualizar o assunto é importante frizar que os produtos cosméticos são regulados pela Comissão Europeia ao abrigo do Regulamento nº 1223/2009. Não é uma indústria com rédea solta. Logo no terceiro artigo pode ler-se o seguinte:

"Os produtos cosméticos disponibilizados no mercado devem ser seguros para a saúde humana quando usados em condições de utilização normais ou razoavelmente previsíveis, tendo em conta, nomeadamente, o seguinte:

a) A apresentação, incluindo a conformidade com a Directiva 87/357/CEE;

b) A rotulagem;

c) As instruções de utilização e de eliminação;

d) Qualquer outra indicação ou informação prestada pelo responsável a que se refere o artigo 4.o.

A presença de advertências não dispensa as pessoas a que se referem os artigos 2.o e 4.o do cumprimento das restantes obrigações previstas no presente regulamento."

Ou seja, um cosmético não pode fazer mal; e antes de ser colocado no mercado tem que provar isso mesmo. Para tal, é realizado um relatório de segurança onde se prova que o produto é seguro no pior cenário possível, dentro do uso previsível, e só assim é que este pode permanecer no mercado. Num creme de mãos, por exemplo, avalia-se a segurança quando o produto é aplicado nas mãos mas também no corpor todo. No limite, há consumidores que podem fazer isto visto que se trata de um produto de corpo. E para isso, aponta-se uma percentagem de penetração dos ingredientes do produto através da pele muito superior àquela que realmente acontece. Isto quando o relatório é feito. Mas falaremos disso mais adiante. 

Relembro ainda que em Portugal temos o INFARMED como autoridade competente pela fiscalização dos produtos de saúde, nos quais se os produtos cosméticos.

Terminadas às questões regulamentares, vamos aos pontos falados nesta reportagem:

Disruptores endócrinos

Os disruptores endócrinos são tidos como verdade absoluta.  Como se soubessemos exatamente quais são, mas na verdade ninguém os quisesse proibir. Ora, isto é mentira

Há efetivamente substâncias com ação disruptora endócrina verdadeiramente conhecida, e que são por isso proibidas em produtos cosméticos. No entanto, há também outras substâncias cujas estruturas químicas nos levam a suspeitar que podem ser disruptores endócrinas, mas relativamente às quais não conseguimos ter essa informação. Isto prende-se por um lado com o facto de esses efeitos, caso existam, não serem suficientemente danosos para serem detetados nos seus utilizadores e associados  especificamente a essa substância. A soja, por exemplo, é um alimento que contém substâncias (isoflavonas) que interagem com os recetores estrogénicos. Isso é amplamente conhecido, e suplementos com isoflavonas são desaconselhados a mulheres com probablidade de desenvolver cancro da mama dependente dos estrogénios. Vamos proibir a soja na alimentação? Não. E aqui entra o conceito de risco. 

O risco relaciona-se com a probabilidade e a gravidade de um perigo. O mar tem tubarões. Os tubarões são perigosos. Mas se na Europa não há tubarões, o risco de sermos mordidos por um tubarão quando mergulhamos na costa portuguesa é inexistente. Em outras situações podemos ter um perigo baixo associado a uma probabilidade elevada de este acontecer. 

Assim, aquilo que se faz ao permitir ou proibir uma determinada substância é gerir o risco com base na informação que temos acerca desse perigo. A declaração da Professora Helena Ribeiro, que infelizmente não teve mais tempo de antena, é representativa disto mesmo. O ponto em que se coloca a fasquia é discutível, como veremos por exemplo quando falarmos da DECO. 

Voltando aos disruptores endócrinos, além de em alguns casos não ser óbvio que as substâncias suspeitas têm esse efeito, também não o podemos testar. Isto porque na Europa é proibido realizar estudos de ingredientes cosméticos em animais; e de momento não termos métodos alternativos (in vitro) para o fazer o que toca a efeitos complexos como são os dos disruptores endócrinos. 

Mas então porque é que os ingredientes suspeitos não são simplesmente proibidos de vez em cosméticos, que se aplicam à superfície da pele e mucosas externas? Alguns deles, como os parabenos permitidos na Europa, são usados há muitos anos e nunca demonstraram ser perigosos neste sentido. Mas o mais importante é perceber que a probabilidade de estas substâncias terem um efeito negativo para o ser humano quando usadas em produtos cosméticos não é tão elevada assim, tendo em conta a concentração em que são usadas e o facto de serem aplicadas na pele; ainda que esta probabilidade de esta substância ter uma ação como disruptor endócrino seja maior do que a dos demais ingredientes. Isto é, quando a Comissão Europeia diz que suspeita destes ingredientes não estamos a falar de algo quase certo. Estamos a falar de probabilidades baixas, e que podem ser menos baixas em determinados casos. E eventualmente quando a ciência evoluir no sentido de termos métodos validados para aferir se estes ingredientes são disruptores endócrinos, alguns destes compostos poderão ser proibidos, ou ver as suas concentrações restringidas no regulamento citado na introdução. A questão está no facto de não sabermos. E tomar decisões com base naquilo que não  se sabe não é grande ideia, porque em muitos casos não existem alternativas; e porque no limite podemos tomar atitudes contraproducentes (como acontece por vezes com os parabenos).

Gostaria também de frizar que os disruptores endócrinos não se ligam necessariamente aos nossos recetores hormonais da mesma forma que as nossas hormonas. Os parabenos, por exemplo, têm entre 10,000 a 1,000,000 vezes menos afinidade para o recetor dos estrogénios do que o estrogénio humano. Já a genisteína, di-hidrogenisteína e equol, presentes na soja, têm uma afinidade semelhante. Não vejo ninguém demonizar a soja. Porque nas concentrações em que se encontram no alimento, e considerando a metabolização que sofrem no organismo, não é provável que a soja seja nociva.

Absorção de susbtâncias através da pele

A pele é um órgão que tem como função primordial estabelecer uma barreira entre o organismo e o ambiente. Não é totalmente impenetrável. Mas poucas moléculas a conseguem atravessar e alcançar a corrente sanguínea. Felizmente para nós, isso é tido em conta na avaliação de risco do produto cosmético; e para alguns ingredientes considera-se uma absorção de 100% mesmo quando esta nunca será conseguida; por forma a conseguir prever o risco no pior cenário possível.

Efeitos indesejáveis graves

No caso dos efeitos indesejáveis graves, que implicam risco de vida ou doença incapacitante; deverão ser obrigatoriamente de notificados, é óbvio que este valor se encontra abaixo da realidade. Isto porque muitas vezes estes não são comunicados, visto que os consumidores desconhecem este mecanismo, e em outros casos estes efeitos podem ser comunicados à marca; sendo que nem todas as marcas trataram de realizar essa mesma modificação.

O tom

É de notar que no caso da intervenção da médica endocrinologista Joana Guimarães, há mais do que uma frase descontextualizada; e que colocada em confrontação com afirmações de outros profissionais reforça o tom de alarmismo da reportagem. Isto não é uma questão que possa ser rebatida, mas na minha perceção ilustra bem o enviesamento da reportagem.

Efeito de mistura 

Há de facto uma atenção crescente para o efeito de mistura que os vários compostos podem ter na saúde humana quando usados num mesmo produto. No entanto, considerando a variedade de formulações que existem no mercado; é quase impossível esclarecer quais são as misturas perigosas e porquê. Em contrapartida, e quando falamos de produtos como o protetor solar; temos que perceber que o cancro de pele é uma doença que pode ser fatal, e cuja incidência tem vindo a aumentar. Podemos optar por outros filtros solares? Sem dúvida. Mas uma vez mais, tudo o que  permitido só o é porque não temos informação de que não é seguro. Como vamos escolher quais evitar? Porque não usar protetor não pode ser opção.


Produtos cosméticos contendo ingredientes proibidos no mercado

Os diversos produtos cosméticos contendo ingredientes proibidos, em concentrações exageradas ou contaminados são geralmente oriundos de países subdesenvolvidos e muitas vezes adquiridos on-line em sites duvidosos ou lojas pouco fiscalizadas. Não são de todo representativos daquilo que se encontram nas prateleiras da Europa, e exemplo disso é o baixíssimo número de retiradas no mercado que existem para esses mesmos produtos.


A falta de informação relativa aos produtos químicos

É enganoso extrapolar, ainda que de forma sub-reptícia, que a falta de informação relativa a substâncias químicas significa que os cosméticos não são seguros; que é o tema desta resportagem.  As substâncias químicas que a ECHA regula... são todas as que existem no mercado para sevir todas as indústrias. Há de facto um problema com o registo de informação relativo a muitas substâncias químicas. Mas no caso dos produção cosméticos, o relatório de segurança supracitado serve para isso mesmo.


O princípio da precaução que a DECO 

Não é nada mais nada menos do que dizer para não usar perante a mínima suspeita, mesmo que estejamos perante estudos preliminares ou até de qualidade duvidosa. Em teoria, eleva-se a fasquia da gestão de risco. Na prática, estamos a tomar decisões com base naquilo que não sabemos, o que muitas vezes leva as pessoas, por exemplo, a evitar o uso de parabenos. Os parabenos, permitidos pela legislação mas proibidos pelos consumidores, têm vindo a ser substituídos por outros conservantes. Conservantes esses que são em alguns casos menos estudados, e cujo uso massivo em consequência das restrições aos parabenos levou a um aumento tal do número de efeitos indesejáves reportados que foram restringidos para os produtos enxaguados. Entretanto, ainda ninguém provou que os parabenos não são seguros. Isto é positivo? Onde está o princípio da precaução?


Tinta capilar e cancro da mama

A afirmação de um estudo indica que pintar o cabelo aumenta o risco de desenvolver cancro da mama em 9% é falsa. O mesmo para os 30% avançados para os produtos de alisamento capilar

Isto porque é mencionado um estudo cuja população escolhida, como os próprios autores referem para quem o ler na íntegra, não é representativa da população do país. O estudo em questão analisou uma grande população mulheres de etnias africana, hispânica e caucasiana; que tinham em comum o facto de possuírem pelo menos uma irmã com cancro da mama diagnosticado. Ora, a história familiar é o segundo fator de risco para o desenvolvimento de cancro da mama, pelo que mulheres observadas estarão mais predispostas a ter esta doença dependendo dos diversos fatores que influenciam o seu estilo de vida. Neste sentido, não podemos extrapolar qualquer resultado deste estudo para a população em geral. Mas há ainda outras questões a ter em conta. 

Este estudo determina se há aumento no risco relativo (em percentagem) desenvolver cancro da mama. Isto é, se o uso destes produtos é capaz ou não de aumentar um risco, que originalmente tem um valor relativamente baixo; mas por si só estará aumentado nesta população em concreto (pelas razões acima indicadas). Será que na realidade estes números se traduzirão num aumento significativo do número de casos de doentes com cancro? A verdade é que a soma da evidência científica que temos até hoje parece indicar que não. E por isso, os corantes capilares são ingredientes permitidos em produtos cosméticos tendo em conta a sua utilização esporádica e o baixo tempo de contacto com a pele e vias respiratórias. Aliás, os corantes utilizados quer na indústria cosmética quer na indústria alimentar foram dos primeiros ingredientes a serem rigorosamente estudados e regulados. Tanto assim é que só podem ser usados ingredientes para esta finalidade que consta no regulamento produtos cosméticos com respetivas restrições. 

Embora o assunto não seja corantes capilares, gostaria de deixar aqui um outro estudo, com mais participantes e representativo da população, que demonstra que o uso intensivo de produtos cosméticos faciais não aumenta o risco de desenvolver cancro da mama ou do endométrio. Porque não falaram deste estudo também para confrontar, por exemplo, algumas opiniões emitidas relativamente aos disruptores endócrinos que atuam sobre os recetores do estrogénios?


O chumbo em cosméticos

Existem limites para a concentração, sempre residual, de chumbo que um cosmético pode conter. Se esses limites são ultrapassados, o produto tem que ser retirado do mercado. Assim manda a legislação.



As substâncias cancerígenas, tóxicas e mutagénicas

É certo que há substâncias podem ser cancerígenas tóxicas e disruptoras ainda apenas nos produtos que adquirimos. porque é que ainda assim estes produtos são seguros? Porque todos estes efeitos dependem da dose, da via de administração ou exposição, da faixa etária de quem os utiliza, entre muitos outros fatores. Uma vez mais, a legislação impõe limites ou proibições para estas substâncias, tendo em conta o pior cenário possível. E o relatório de segurança de cada produto cosmético equaciona tudo isto no produto final a fim de avaliar, no pior cenário, se este produto é seguro antes que vá para o mercado.


As alergias e os ingredientes sintéticos

Dizer que os ingredientes "naturais" provocam menos alergias é simplesmente mentira. Porque na verdade, acontece exatamente o contrário

Nos ingredientes sintéticos ou naqueles que têm origem natural mas são altamente refinados e purificados, temos um produto com uma composição bem conhecida, altamente reprodutível entre lotes e fácil de ajustar.

Na natureza não. Os extratos, óleos esssenciais e outros ingredientes "naturais" contêm muitas moléculas distintas, em concentrações variadas. Mas além disso, o facto de serem naturais não os torna mais seguros; visto que uma substância de origem natural é tão química como uma substância de origem sintética. A sua segurança ou não vai relacionar-se unicamente com a forma como essa substância em concreto interage com o corpo humano. E pode ser altamente nociva ou terapêutica em cada um dos casos. Inclusivamente, a mesma substância pode ser simultaneamente nociva e terapêutica para o ser humano dependendo da dose, via de administração... Acho que já me fiz entender.

Apesar disto tudo, os ingredientes apelidados de "naturais" são também aqueles que apresemtam maior potencial alergénico. De tal forma que os ingredientes que normalmente constituem fragrâncias e são de menção obrigatória na rotulagem; são predominantemente de origem natural.


O alumínio

Quando mencionam o parecer sujeito a debate da SCCS relativo alumínio, lêem um parágrafo solto e ignoram por completo as conclusões do mesmo: Os anti-transpirantes com alumínio são seguros nas concentrações permitidas. Reforço no entanto que este parecer se encontra aberto a comentários, sendo que as conclusões nele indicadas se baseiam nos estudos existentes até à data e reforçam as conclusões anteriores relativas ao mesmo assunto.


Os ingredientes encontrados em fetos humanos

Os parabenos, ftalatos e outros ingredientes que se encontram em fetos não estão apenas presentes em cosméticos. Os parabenos são naturais e encontram-se nos alimentos, por exemplo. Os ftaltos podem estar presentes em plásticos com que contactamos ou resíduos dos mesmos que ingerimos. Tal como os polímeros. De entre os estudos mencionados, nomeadamente o estudo que não está publicado (...e em que alguma coisa que não se percebe "chega a ser de 100% ...), não é possível provar que essas substâncias provêm exclusivamente ou maioritariamente de produtos cosméticos.

Associação não é causalidade

No mesmo seguimento: O facto de se encontrar uma substância em determinado local onde há patologia não significa que tenha sido essa substância a causar essa patologia. 

Pior: não podemos sequer especular por que via (oral, respiratória, tópica) chegou a substância ao tecido onde temos essa patologia, e juntar-lhe a especulação anterior.


O dióxido de titânio em protetores solares


O uso de dióxido de titânio em produtos que podem ser inalado como os sprays e aerossóis já é proibido. Qual é a questão mesmo? Ter demorado 10 anos? Provavemente foi o tempo que demorou para termos dados fidedignos. Sei que é difícil aceitar isto, mas de outra forma proibia-se tudo.


Conclusão

Após esta publicação, creio que estarão convencidos que acredito piamente que todos os ingredientes cosméticos proibidos são seguros. Não é verdade. Estou plenamente convicta que haverá mais ingredientes proibidos nos próximos anos, como tem ocorrido ao longo da história. Estou plenamente convencida que não temos meios para identificar devidamente ingredientes disruptores endócrinos, alergénos e carcinogénicos/mutagénicos. Mas isso só pode ser feito quando há evidência. E boa ciência leva o tempo. O "ritmo lento" de que fala a reportagem é necessário para que sejam tomadas decisões sensatas.

Isto quer dizer que não existem cosméticos tóxicos? Provavelmente existem. Aqueles cujos ingredientes ainda não conhecemos bem, são um exemplo. Mas quanto a esses, pouco podemos fazer.

Já o mesmo não se aplica àqueles que são fabricados na cozinha sem qualquer controlo de matérias-primas, materiais usados ou análise microbiológica; aqueles nós próprios fazemos em casa seguindo livros escritos por celebridades que não têm qualquer formação em química ou biologia, aqueles que encomendamos através de uma qualquer publicação promovida no Facebook, aqueles que encontramos em lojas “bio” cujos funcionários nos impingem com o argumento de que "os outros produtos no mercado estão cheios de químicos (ignorando que tudo o que existe é químico) que causam  X, Y e Z"... A lista continua.

Posto isto, o que é que podemos tirar desta reportagem? Além de se concluir alguns dos argumentos apresentados são falsos, conclui-se também que comprar produtos de marcas reconhecidas em lojas autorizadas como são supermercados, perfumarias e farmácias continua ser a forma mais segura de consumir produtos cosméticos; já que as marcas aí comercializadas serão aquelas que mais provavelmente cumprirão a legislação europeia.  Além do mais, são também estas marcas mais meios para realizar investigação científica criando produtos eficazes e inovadores. Já algumas ervanárias, lojas “bio” e algumas lojas on-line apresentam marcas que levantam sérias dúvidas acerca do cumprimento deste regulamento. E são justamente estas marcas quem mais beneficia com o marketing do medo que reportagens como esta fomentam.

Infelizmente, muitos destes enganos e precipitações da reportagem teriam sido evitados se tivessem sido ouvidas mais pessoas ligadas à toxicologia e avaliação de segurança de produtos cosméticos. Nem todos temos capacidade ara ler artigos científicos, e menos ainda quando não temos formação académica ou muitos anos de trabalho na área.

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