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A pele que habito: Diz que disse| Serão filtros solares minerais melhores do que os orgânicos?

terça-feira, 24 de maio de 2016

Diz que disse| Serão filtros solares minerais melhores do que os orgânicos?


Os protetores solares são constituídos por grande variedade filtros solares, que impedem que a radiação UVA e/ou UVB penetrem a pele. Estes atuam por dois mecanismos distintos:

Os filtros sintéticos/químicos/orgânicos atuam absorvendo esta radiação, e libertando-a de seguida sob a forma de calor. 

Já os filtros físicos/minerais têm essencialmente um papel refletor, e uma vez que refletem também a radiação visível deixam a pele com uma cor branca. As substâncias mais usadas são o óxido de zinco, dióxido de titânio e pontualmente também o óxido de ferro. Muitas pessoas acreditam que estes últimos filtros são melhores por achar que este efeito refletor é capaz de "bloquear" a chegada da radiação à pele.

Mas será possível dizer que um tipo de filtro é melhor que o outro?
Mito| Os filtros físicos são mais eficazes na proteção contra as radiações UVA e UVB, uma vez que refletem toda a radiação recebida

Embora a sua ação passe se deva maioritariamente à refleção da luz UV, mecanismo de ação que lhes dá o nome, os filtros físicos são também capazes de absorver e transmitir uma percentagem da radiação recebida.

Nos últimos anos, o tamanho destas partículas foi reduzido para permitir que estes produtos fossem mais agradáveis de usar e fáceis de espalhar, mas esta micronização diminuiu também a percentagem de radiação UV que é refletida, aumentando proporção de radiação aborvida ou até transmitida à pele.

Além disso, sabe-se que nenhum destes filtros cobre totalmente o espetro de radiação UV, especialmente a radiação UVA1, e por isso o uso exclusivo destes três ingredientes não é suficiente para obter uma boa proteção de largo espectro. Felizmente, já existem alguns filtros químicos que permitem reforçar a proteção nesta gama de radiação!

Mito| "Os filtros sintéticos são nocivos para a saúde"

Na Europa, os filtros solares, têm que ser autorizados pela Comissão Europeia antes de poderem ser comercializados. Esta autorização tem por base estudos que avaliam a sua segurança, e garantem que estes ingredientes não constituem um perigo para a saúde quando usados nas concentrações permitidas e para o fim a que estão destinados.

A lista de todos os ingredientes permitidos para este efeito pode ser consultada no site da Comissão Europeia, onde também os ingredientes aos quais foram impostas restrições se encontram discriminados.


Facto| "Há mais pessoas sensíveis aos filtros sintéticos"
De facto verifica-se que as pessoas com a pele mais seca e sensível têm uma maior tendência para desenvolver reações de irritação ou até alergias aos filtros químicos. Uma vez que estes ingredientes penetram as camadas superiores da pele com maior facilidade, é natural que isto aconteça nas pessoas cuja barreira cutânea já esteja comprometida.
Já os filtros físicos são menos reativos e ainda que em nanopartículas parecem ter mais dificuldade em atingir grandes profundidades na pele.

Facto| "Os filtros físicos tornam os protetores menos agradáveis de usar"

De que serve ter um protetor 100% físico se não gostamos de o usar no dia-a-dia, e acabamos mesmo por abandoná-lo?

Isto acontece porque os filtros físicos refletem a radiação e são constituídos por partículas insolúveis, de dimensões consideráveis mas também particularmente difíceis de formular. Como resultado, após a aplicação destes produtos a pele tende a ficar branca demais, oleosa ou até pegajosa.
Felizmente, a nanotecnologia e a capacidade de revestir estes ingredientes têm mudado este cenário, mas ainda assim é difícil encontrar produtos 100% físicos a um preço acessível e agradáveis para usar tanto de Inverno como de Verão.

Facto... ou mito?| "É desaconselhado o uso de filtros químicos em crianças até aos 3 anos"

Por uma questão de precaução, geralmente recomenda-se que as crianças sejam protegidas essencialmente com filtros físicos.

Este tipo de recomendação não é consensual entre profissionais de saúde, mas é aquela mais frequentemente transmitida aos pais.

Isto tem por base o facto de nestas idades a pele ser ainda muito fina e por isso mais fácil de penetrar pelos filtros químicos que têm menores dimensões, mas também o sistema imunitário destas crianças ser ainda "imaturo", e poder desenvolver reações de hipersensibilidade com mais frequência.

Contudo a chegada dos protetores contendo filtros físicos em nanopartículas tem reacendido este debate...


Que protetor escolher?


Se por um lado os filtros físicos, apresentam uma elevada estabilidade e cobertura do espetro de radiação UV é também verdade que a maioria dos produtos que se baseiam apenas nestes ingredientes são pouco agradáveis de usar, e depois de comprados provavelmente não serão aplicados todos os dias ou com a frequência ideal.

Além disso, a necessidade da indústria em novos filtros químicos fotoestáveis que têm vindo à aparecer somada às dúvidas relativas à fotoestabilidade e segurança das nanopartículas podem equilibrar um pouco esta balança que nos parece pender claramente a favor dos filtros físicos.

Em todo o caso, e se pretende escolher um protetor que vai querer usar diariamente, há alguns critérios de desempate que pode usar:
  • Protetor com filtros físicos e químicos
    • População em geral, especialmente:
      • Uso diário de maquilhagem de cobertura (base, pó, etc) à posteriori, que exigem um produto mais fino 
      • Não gosta de usar protetor solar
      • Homens (mais pêlo)
      • Prevenção do fotoenvelhecimento (maior proteção contra UVA)

    • Protetor com filtros físicos
      • Pele alérgica/intolerante a filtros químicos
      • Crianças até 3 anos (controverso)

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