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A pele que habito: Pycnogenol

sábado, 26 de agosto de 2017

Pycnogenol


Este ingrediente tem estado muito em voga nas redes sociais, especialmente pelo seu alegado benéfico no tratamento do melasma.

E embora seja maioritariamente usado em suplementos alimentares, achei interessante pesquisar um pouco mais sobre a evidência que já existe acerca da sua ação sobre a pele.


O que é

O Pycnogenol não é uma molécula apenas, mas sim um extrato de casca pinheiro (Pinus pinaster) obtido por um processo de extração específico, e que permite assim obter proporções semelhantes de determinadas moléculas que se encontram nesta parte da planta.

Este extrato contém uma mistura de moléculas com ação antioxidante, entre as quais se destacam os oligómeros de proantocianidinas e outros compostos fenólicos como as catequinas e epicatequinas, ácido ferúlico, ácido cafeico, entre outros.

Por tudo isto, e pela sua eficácia demonstrada em ensaios clínicos, o pycnogenol é já utilizado na melhoria dos sintomas da insuficiência venosa crónica e disfunção erétil; sendo mais recentemente utilizado em dermatologia, também por via oral.

Funções 

  • Antioxidante
Tal como foi já mencionado, a composição deste extrato faz com que tenha uma importante ação antioxidante.

Mas para além de neutralizar diretamente  os radicais livres de oxigénio, outros estudos sugerem o pycnogenol é também capaz de estimular a atividades de algumas enzimas antioxidantes celulares, e até de aumentar a produção de outras enzimas com essa fundação. Estas enzimas são a principal linha de defesa das nossas células contra os radicais livres, e por isso a ação do pycnogenol neste aspeto é especialmente interessante.

Adicionalmente, este extrato demonstrou também ser capaz de reciclar a vitamina C e regenerar a vitamina E após oxidação, o que lhe dá uma especial vantagem para a incorporação em cosméticos.

  • Redutora da inflamação 

Pensa-se que esta ação é essencialmente consequência da sua ação antioxidante, já que os radicais livres são uma parte importante da cascata inflamatória. Um estudo verificou que o pycnogenol tem a capacidade de inibir a expressão de genes associados a algumas moléculas pró-inflamatórias, 

  • Despigmentante
O pycnogenol é capaz de reduzir a pigmentação cutânea pela sua marcada ação antioxidante, mas também por inibir a atividade da principal enzima envolvida na produção da melanina. O estudo que demonstrou este efeito in vitro verificou mesmo que o pycnogenol terá uma atividade inibitória superior à do ácido kójico. 

É de realçar que os resultados obtidosn in vitro nem sempre podem ser extrapolados para a aplicação tópica pu até mesmo para a ingestão de produtos contendo estes ingredientes; uma vez que poderão haver diferenças na absorção e/ou distribuição de cada um deles até ao local pretendido para a sua ação.

  • Estabilizadora do colagénio e da elastina
Alguns dos polifenóis deste extrato têm a capacidade de se ligar às moléculas de colagénio e elastina estabilizando a sua estrutura e prevenindo assim a sua degradação.

Um estudo in vitro demonstrou que o pycnogenol tem um efeito inibidor assinalável sobre algumas enzimas responsaveis pela degradação do colagenio, sugerindo o seu benefício no tratamento do envelhecimento e na promoção da cicatrizarão de feridas, entre outras aplicações.



Uso em cosmética e saúde

  • Fotoproteção oral
Um estudo realizado em 21 humanos de pele clara, que tomaram 1.10 mg or 1.66 mg/kg de peso corporal de pycnogenol por dia parece indicar que ao fim de 4 a 8 semanas o tempo necessário para que a pele desenvolva eritema após a exposição solar chegará quase a duplicar. Neste estudo não foi realizado ensaio contra placebo. É de salientar que a fotoproteção oral não substitui a utilização do protetor solar, mas poderá ser um importante complemento a este produto em casos de grande sensibilidade; já que permite uma proteção homogénea e requer apenas a toma diária de um suplemento.

  • Hidratação, firmeza e elasticidade cutânea
Foi realizado um estudo em 20 mulheres na fase de pós-meunopausa (sem grupo placebo) que tomaram 3x25mg de pygnogenol diariamente por 12 semanas sugere que o este extrato pode contribuir para melhorar estes parâmetros cutâneos, ajudando assim a melhorar o aspeto da pele. Neste estudo identificaram-se também alguns genes dos envolvidos na melhoria destes parâmetros. 

No entanto, o efeito que este ingrediente terá quando comparado com outros ingredientes cosméticos, suplementos ou medicamentos utilizados para o tratamento destes mesmos parâmetros não é ainda consensual.

  • Melasma e estado geral da pele
O primeiro estudo clínico publicado indicou a possiblidade de o pycnogenol poder ser utilizado no tratamento do melasma. Este estudo realizou-se em 30 mulheres chinesas não grávidas com melasma, que tomaram 75 mg Pycnogenol por dia durante um mês. É de salientar que os resultados deste estudo se basearam apenas na observação subjectiva das manchas, comparando a sua dimensão e intensidade da pigmentação antes e depois do tratamento; e que não houve grupo placebo.

Mais recentemente, foi realizado um estudo em 31 mulheres brasileiras não grávidas com melasma que tomaram 50mg diários de pycnogenol por 90 dias com uso concomitante de um protetor solar igual para todas. No final, verificou-se uma redução significativa das manchas de acordo com duas escalas de avaliação da progressão do melasma, e 94,4% das participantes percepcionaram uma melhoria na aparência das manchas. Também neste estudo não foi selecionado um grupo placebo. Já que neste caso em que foi utilizado o pycnogenol, principal alvo do estudo, mas também o protetor solar, que terá um efeito positivo no tratamento, seria interessante esclarecer qual o papel do pycnogenol isolado no resultado.

É importante frizar que a  eficácia do uso exclusivo deste extrato em produtos cosméticos ou medicamentos para uso tópico não é conhecida.

Brevemente deverão ser publicados outros estudos neste âmbito.


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