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A pele que habito: Pigmentação pt.3| Manchas escuras: Tratamentos estéticos

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Pigmentação pt.3| Manchas escuras: Tratamentos estéticos


Nem sempre os cosméticos são suficientes para tratar as manchas de forma satisfatória. Por isso, existem técnicas não invasivas ou minimamente invasivas, que para além de conseguirem resultados mais visíveis, são também mais rápidas. Geralmente são complementadas pelo tratamento cosmético, sendo que após o procedimento, o uso de protetor solar é sempre indispensável.

Ironicamente, todos estes tratamentos podem ter a hiperpigmentação ou a hipopigmentação como efeito indesejável, e por isso é importante que procure sempre um profissional credenciado e experiente, do qual tenha boas referências. Para além disso, só um bom profissional pode avaliar qual o procedimento é mais adequado para o seu caso.

Estes são alguns dos procedimentos mais utilizados hoje em dia:

Peeling químico

Ao contrário daquilo que se possa crer, os peelings são procedimentos seguros quando realizados por profissionais experientes. Têm como princípio a promoção da morte celular em determinadas camadas superficiais da pele, com objetivo de eliminar definitivamente as imperfeições localizadas até esse grau de profundidade e acelerar a sua renovação.

Para este procedimento são usadas diversas substâncias de poder exfoliante, isoladas ou em combinação. São exemplo disso:
  • Alfa-hidroxiácidos (AHA): ácido glicólico e ácido lático
  • Ácido salicílico
  • Resorcinol
  • Ácido tricloroacético (TCA)
  • Hidroquinona
  • Ácido kójico
  • Lipohidroxiácido (LHA)

Dependendo das substâncias utilizadas, podem conseguir-se diferentes profundidades de exfoliação, sendo essa a propriedade que classifica os peelings (imagem abaixo):
Com o aparecimento do laser/luz pulsada e das técnicas de dermoabrasão, os peelings médios e profundos têm vindo a cair em desuso.

Para além de melhorar o aspeto da hiperpigmentação, este procedimento pode também melhorar a textura da pele, atenuar o aspeto das rugas ou auxiliar no tratamento da acne. Por isso, as imperfeições removidas poderão ser manchas, lesões, cicatrizes ou rugas, sendo que a largura dos poros não será afetada e as lesões mais profundas não desaparecerão por completo.

Luz pulsada (IPL)

Esta técnica é também conhecida por "laser", embora esse termo já não se aplique aos novos equipamentos. Os aparelhos mais recentes funcionam com base na emissão de luz em pulsos de elevada intensidade, que dependendo do comprimento de onda seleccionado podem ter como alvo diferentes substâncias e estruturas presentes na pele. No caso das manchas de pigmentação o alvo será a melanina, que quando é irradiada absorve essa radiação e é destruída (imagem abaixo, clicar para aumentar).
Adaptado de Energist, http://www.energistgroup.com/treatments/product-details.asp?Auto_ID=111
O número de sessões necessárias para obter o resultado pretendido é variável, mas procedimento parece ser mais eficaz para o tratamento de lentigos solares e sardas, sendo que o seu resultado tende a ser menos previsível para o tratamento do melasma ou da hiperpigmentação pós-inflamatória. Após o procedimento, a recuperação é geralmente rápida.

Antes de fazer este tipo de tratamento, é necessária uma avaliação cuidada da cor de pele natural e do quão bronzeada a pessoa possa estar, de forma a minimizar os efeitos indesejáveis. As pessoas de pele naturalmente mais escura, ou que tenham bronzeado recentemente são mais suscetíveis e este tipo de reação adversa.

Este tipo de tratamento pode ser muito vantajoso em peles envelhecidas, que apresentem simultâneamente lentigos solares, telangiectasias (capilares vermelhos ou acastanhados visíveis à superfície da pele) e outras desordens pigmentares.

Crioterapia

Este procedimento tem por base o uso de baixas temperaturas que permitem o congelamento da pele pigmentada, seguindo-se o descongelamento que promove a sua morte. As células mortas da superfície são assim destacadas e removidas, dando lugar a camadas inferiores da pele. Desta forma consegue-se a remoção das camadas superficiais que contêm melanócitos (estruturas que agrupam melanina) em excesso. Geralmente é feita com recurso a azoto líquido, e mais raramente dióxido de carbono ou óxido nítrico.

É um procedimento eficaz no tratamento dos lentigos solares, e pode também ser usada no traramento do melasma. Por vezes pode ser necessário o recurso a anestesia, mas a recuperação tende a ser rápida.

Microdermabrasão

A técnica mais antiga consiste na abrasão da epiderme através de uma sonda que liberta cristais sob pressão (geralmente óxido de alumínio), que dessa forma exfoliam a pele. Ao mesmo tempo, a sonda aspira os cristais já libertados e as células da pele exfoliadas (imagem à direita).


Recentemente surgiu uma nova técnica, em que a sonda não liberta cristais mas contém pequenos diamantes fixos, que são responsáveis pela exfoliação (imagem à esquerda). Neste caso, apenas as células mortas são aspiradas e não existe o risco de serem deixados cristais na pele.

Em ambos os casos, a exfoliação é muito superficial e pode não ser eficaz para a remoção das manchas cuja melanina se encontre em camadas mais profundas da pele, como por exemplo no caso do melasma ou a hiperpigmentação pós-inflamatória. Por isso, este procedimento é muitas vezes combinado com a luz pulsada ou peelings químicos, de forma a potenciar os seus efeito.


Já fez ou pensa fazer algum destes tratamentos?


Pt. 1

Pt.4
Manchas claras: Cosméticos e maquilhagem

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