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A pele que habito: Ácido salicílico

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Ácido salicílico

É frequentemente classificado como beta hidroxiácido (BHA), embora quimicamente essa seja uma denominação pouco correta, por comparação com os também famosos alfa hidroxiácidos (AHA). À parte da nomenclatura, o ácido salicílico é um dos ingredientes incontornáveis no cuidado da pele, sobretudo da pele oleosa e do couro cabeludo com caspa.

Assim, a sua utilização em cosmética deve-se a diferentes propriedades biológicas:

  • Esfoliante
Células da epiderme unidas
por desmossomas 
O ácido salicílico promove o destacamento e eliminação das células mortas à superfície da epiderme, tal como os alfa hidroxiácidos. Mas ao contrário destes, consegue também atuar no interior dos folículos obstruídos e comedões abertos (pontos negros) instalados, removendo o seu conteúdo. Isso deve-se ao facto de o ácido salicílico ser capaz de se dissolver e dispersar entre o sebo da pele, penetrando os folículos pilossebáceos onde esta secreção se pode acumular.  Desta forma, consegue-se reduzir o número de comedões, prevenir o aparecimento de comedões novos, mas também atenuar o seu aspeto. Adicionalmente, o ácido salicílico tem a capacidade de prevenir o aparecimento de comedões fechados (pontos brancos), pápulas (borbulhas) e pústulas (espinhas).

  • Redutor da inflamação
Este ingrediente foi inicialmente encontrado na casca de várias espécies de salgueiro (Salix spp.), sendo usado desde a antiguidade pelas suas propriedades analgésicas e anti-inflamatórias. Aliás, qualquer semelhança com o ácido acetilsalicílico, a substância ativa da Aspirina, não é pura coincidência! Ambas as moléculas pertencem à família dos salicilatos.

  • Anti-microbiano
O ácido salicílico poderá ter uma ação antibacteriana, que advém do facto inibir a capacidade dos microrganismos produzirem determinadas proteínas essenciais à sua reprodução e manifestação de virulência.

Utilização

O ácido salicílico pode ser encontrado em concentrações até 2%, na maioria dos cosméticos que o contêm, ou até 3%, em produtos capilares enxaguados.


  • Esfoliação para (quase) todos os tipos de pele
Isso deve-se ao facto de este ingrediente ser dos menos sensibilizantes de entre os esfoliantes químicos utilizados em cosmética, para além de possuir também alguma atividade anti-inflamatória.

Se sofre de rosácea ou se a sua pele é particularmente sensível mas gostaria de utilizar um esfoliante, os produtos contendo ácido salicílico poderão ser os mais indicados, de entre todos. Contudo, é aconselhável que estes produtos sejam testados numa pequena área antes de serem aplicados em todo o rosto, e começar por utilizar um produto contendo uma concentração mais baixa deste ingrediente.

  • Pele oleosa e acne
É provavelmente a aplicação mais comum deste ingrediente. O ácido salicílico é usado em produtos enxaguados, como géis de limpeza ou esfoliantes, mas também em produtos leave-on, como séruns, tónicos, hidratantes ou maquilhagem. 

Isto deve-se principalmente à sua ação esfoliante, que permite a eliminação das células mortas, a desobstrução dos poros e a redução da espessura da epiderme

Por outro lado, a sua potencial ação anti-bacteriana e a sua capacidade anti-inflamatória poderão inibir respetivamente a proliferação da Propionibacterium acnes e a inflamação decorrente desse fenómeno, que ocorre no interior do folículo pilossebáceo obstruído e resulta no aparecimento de pápulas (borbulhas) e pústulas (espinhas). Além disso, estas propriedades do ácido salicílico poderão ajudar a prevenir o desenvolvimento da hiperpigmentação pós-inflamatória que pode ocorrer aquando do desaparecimento das lesões acneicas.

Assim, quando utilizados de forma regular e continuada, os produtos contendo ácido salicílico podem diminuir a frequência e a severidade dos problemas associados à pele oleosa.

  • Caspa e outras causas de descamação do couro cabeludo
Alguns champôs anti-caspa utilizam o ácido salicílico devido às suas propriedades esfoliantes, que possibilitam uma remoção mais acelerada das pequenas células que se acumulam no couro cabeludo, e mais tarde descamariam em conjunto sob a forma de placas de caspa. Além disso, as propriedades anti-inflamatórias deste ingrediente poderão ser úteis para atenuar a comichão sentida.

  • Hiperpigmentação
Tal como os alfa hidroxiácidos (AHA), também o ácido salicílico pode ser utilizado em cosméticos esfoliantes, com o objetivo de acelerar assim a remoção das camadas superiores da epiderme

Assim, este ingrediente pode ser utilizados para atenuar ou auxiliar no tratamento do melasma e a hiperpigmentação pós inflamatória. É mais seguro do que os AHA, e por isso pode ser utilizado em peles mais sensíveis ou com mais tendência a hiperpigmentar.

  • Fotoenvelhecimento
Embora os alfa-hidroxiácidos pareçam ser mais benéficos para esta finalidade, uma vez que para além da capacidade esfoliante são igualmente capazes de estimular a atividade das células da derme, a utilização de produtos contendo ácido salicílico poderá ser uma boa alternativa. Isto teve-se ao facto deste ingrediente ser mais facilmente tolerado por peles sensíveis, mas também à vantagem que apresenta para a pele oleosa.

A esfoliação da pele envelhecida estimula a sua renovação superficial, o pode melhorar não só a sua textura, que se torna mais homogénea, mas também o aspeto das rugas e a aparência dos poros dilatados, que se tornam mais visíveis com o passar dos anos.

  • Permeador
Graças à sua capacidade de quebrar a ligação entre as células, o ácido salicílico pode ter a função de aumentar a permeação de determinados ingredientes que dificilmente atravessariam as camadas superiores da pele.

Efeitos indesejáveis

O uso de produtos contendo ácido salicílico é desaconselhado em mulheres grávidas, ou a amamentar, e em pessoas intolerantes aos salicilatos.

Se a sua pele é particularmente seca, este ingrediente poderá não ser muito vantajoso, sobretudo quando utilizado imediatamente antes ou em simultâneo com outros ingredientes potencialmente sensibilizantes (como por exemplo a vitamina C ou os retinóides)

Quando usados em concentrações excessivamente elevadas para a pessoa em questão, ou de forma demasiado frequente/em vários cosméticos, os produtos contendo ácido salicílico podem causar vermelhidão, prurido, descamação ou sensação de repuxamento; que deverão ser transitórias. Para reduzir a probabilidade de alguma dessas reações ocorrer, o uso de um hidratante torna-se indispensável após a lavagem o esfoliação com produtos contendo ácido salicílico, sobretudo quando presente em concentrações mais elevadas.

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