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A pele que habito: Pigmentação pt.1| Tipos e causas

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Pigmentação pt.1| Tipos e causas

Sabe se a sua pele tem tendência para pigmentar? Tire as dúvidas aqui :)


No nosso país a pele bronzeada é muito valorizada, e para a conseguir os cuidados com o sol são muitas vezes negligenciados. Contudo, a pele exposta ao sol durante tantos anos pode desenvolver desordens de pigmentação, que para algumas pessoas se podem tornar-se bastante incómodas.

Atualmente, já é possível reduzir a hiperpigmentação da pele através do uso de cosméticos, e em casos mais evidentes podem mesmo ser usados medicamentos sujeitos a receita médica, ou recorrer-se a tratamentos estéticos.

De qualquer forma, o melhor é prevenir... Até mesmo durante o tratamento! Parece confuso? Nada disso! Depois de perceber como tudo funciona é muito simples :)

Trago-vos este assunto antes de muitos outros que quero abordar porque nos aproximamos da altura ideal para começar a tratar este problema.



Tipos de pigmentação
  • Sardas (efélides)
Geralmente são pontos de pequenas dimensões, que podem ser mais acastanhadosrosados ou avermelhados e aparecem pela primeira vez na infância. Estão mais associada aos fototipos I e II, e o seu aparecimento tem uma forte componente genética, mas as sardas podem acentuar-se com a exposição solar.

Geralmente aparecem no rosto, mas podem estender-se ao pescoço, peito braços.


  • Melasma
É uma desordem pigmentar comum em mulheres em idade fértil, nas quais geralmente é crónica (mas pode ser prevenida, atenuada e por vezes tratada,) e sobretudo nas grávidas, sendo nesse caso uma situação transitória que desaparece 1 a 5 anos após o parto. Mais raramente pode aparecer após a menopausa, e em mulheres que façam terapia de substituição hormonal.

Caracteriza-se pelo aparecimento de manchas na face pontualmente no pescoço, sendo mais frequentemente em peles de cor mais escuras. As manchas apresentam bordos irregulares, podem variar na intensidade de pigmentação, e são mais comuns nas zonas proeminentes do rosto, e por isso mais expostas à radiação; como a testa, nariz, bochechas acima do lábio superior e no queixo.

As principais causas para o seu aparecimento parecem ser as concentrações sanguíneas de estrogénios aumentadas, predisposição genética e a exposição solar desprotegida. As manchas podem também agravar-se devido à desregulação de outras hormonas, e em períodos de maior stress (para o qual a própria pigmentação pode contribuir).

  • Lentigos solares
Estas manchas tendem a ser maiores do que as sardas e estão pouco relacionados com características genéticas, embora se observe que são relativamente mais frequentes em caucasianos e asiáticos, sobretudo no sexo masculino. São comuns a 90% dos idosos, e podem começar a aparecer a partir dos 50 anos, verificando-se que são bastante mais raras em pessoas que protegeram convenientemente a sua pele ao longo da vida. Isto demonstra que a exposição solar é mais determinante para o seu aparecimento do que a idade propriamente dita.

Parecem dever-se tanto a exposição solar leve e prolongada como à exposição forte  de curta duração, afetando mais frequentemente o rosto, nas costas das mãos e os antebraços.

  • Hiperpigmentação/hipopigmentação pós-inflamatória
Determinados tipos de lesão ou tratamento podem provocar inflamação na pele, tornando-a mais suscetível à hiperpigmentação ou à hipopigmentação, dependendo da lesão e pessoa em causa. Há pessoas com maior tendência a desenvolver alterações de pigmentação pós-inflamatória do que outras, sendo que é mais comum em peles negras, e pode acontecer após os seguintes eventos:
  • Traumas e doenças de pele
    • Feridas
    • Cirurgia
    • Acne
    • Eczema
    • Reação alérgica 
    • Queimaduras
  • Tratamentos
    • Peeling químico
    • Dermabrasão
    • Tratamentos com uso de luz UV

  • Pigmentação associada a doenças e medicamentos
Há determinados medicamentos que podem causar ou agravar desordens pigmentares. São exemplo disso a fenitoínahidantoína e contracetivos orais podem contribuir para o aparecimento de melasma, ou de uma alteração na pigmentação de aspeto semelhante. Nesse caso, os tratamentos despigmentantes serão pouco eficazes, e por isso será o médico a decidir a manutenção ou não da medicação.

Por outro lado, também algumas doenças provocam o aparecimento de manchas na pele.
São exemplo disso:
  • Dermopatia diabética, que afeta cerca de 70% dos doentes, e localiza-se principalmente nas pernas, abaixo dos joelhos. Começa pelo aparecimento de uma borbulha rosada ou acastanhada, que alastra e pode ter embas as colorações. Podem desaparecer espontaneamente, sendo que neste caso o foco deve ser o controlo da diabetes.
  • Tinhas/ Pitiríase versicolor, uma infeção fúngica (Malassezia furfur) que normalmente aparece a partir da adoslescência e não está relacionada com a maior ou menos higiene. Afeta maioritariamente o peito e a parte superior das costas, zonas mais gordurosas do corpo, sendo que as manchas podem ser castanhas, rosadas ou avermelhadas. As manchas podem ter alguns centímetros de diâmetro, tornando-se brancas ao fim de algum tempo, uma vez que a pele infetada não consegue voltar a produzir melanina até que seja renovada.
  • Zona, trata-se da reativação do vírus da varicela e pode manifestar-se no tronco ou no rosto. Após o desaparecimento das bolhas pode persistir uma cicatriz.

Pt. 2
Pt.3
Tratamentos estéticos

Pt. 4
Manchas claras: Cosméticos e maquilhagem

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